A cerveja no Egito
Como já vimos anteriormente, um dos países em que a cerveja alcançou um status de bebida importante para o seu povo foi no Egito. A extrema relevância da cerveja para os egípcios refletia-se não só na existência de um alto funcionário encarregado de controlar e manter a qualidade da cerveja produzida, como também na criação de hieróglifos extras que descrevessem produtos e atividades relacionadas com a cerveja.
Curiosamente, ainda existem alguns povos que vivem ao longo do Nilo que até hoje fabricam cerveja num estilo muito próximo ao da era faraônica. O povo egípcio tinha uma forte preferência por henket ou zythum, verdadeiras bebidas nacionais, preferidas por todas as camadas sociais. Foi Ramsés III (1184-1153 a.C.), muitas vezes chamado por “faraó-cervejeiro”, quem doou aos sacerdotes do Templo de Amón 466.308 ânforas (cerca de 1.000.000 litros) de cerveja proveniente das suas cervejarias, iniciando a popularização da bebida.
Deve-se ao médico Zózimo de Panópolis uma descrição da antiga técnica de brassagem (semelhante para a Mesopotâmia e Antigo Egito): germinação e maltagem rudimentar do cereal que, depois de seco, era moído e transformado numa massa, por sua vez endurecida. Moldava-se então a massa em pequenos pães, que eram aquecidos em seguida, mas não em demasia, para que restasse alguma humidade no seu interior. Depois de arrefecidos, colocavam-se, em pedaços, num recipiente com água açucarada; juntava-se, como no pão, um pedaço da massa (fermento) da fabricação anterior. Terminada a fermentação, o líquido era colocado numa cuba com água e posteriormente filtrado; o líquido final era guardado em ânforas num lugar fresco. E, dessa forma, os egípcios consumiam a cerveja.
Com informações do site Cervejas no Mundo